Archive for janeiro, 2016
É tempo de escolher o que ensinar
Está sendo estudado a nível federal a Base Nacional Comum Curricular que vai determinar o currículo mínimo para todos os alunos das escolas de educação básica do Brasil. A ideia é que a Base apresente os conteúdos mínimos a serem vistos em sala de aula para as áreas de linguagem, matemática, ciências da natureza e ciências humanas em cada etapa escolar do estudante. O currículo deve ter 60% de conteúdos comuns para a Educação Básica do ensino público e do privado e 40% determinados regionalmente, considerando as escolhas de cada sistema educacional. A Base Nacional Comum Curricular vai funcionar como uma cartilha para determinar o que todos os estudantes brasileiros têm direito e devem aprender durante o ensino público e particular. Apesar da proposta definir cerca de 60% do conteúdo escolar, os mais de 2 milhões de professores continuarão podendo escolher os melhores caminhos de como ensinar e, também, quais outros elementos precisam ser somados nesse processo de aprendizagem e desenvolvimento de seus alunos. A proposta está sendo trabalhada por especialistas em educação e até 15 de dezembro havia uma possibilidade de qualquer cidadão apresentar suas sugestões numa plataforma criada na Internet. Diante das diversidades regionais e do volume de conteúdos, particularmente, acho que a Base Nacional deveria determinar os conteúdos mínimos nas áreas de linguagem (português, literatura), matemática, educação física e filosofia. As demais áreas ficariam a cargo das escolas e dos municípios definirem. Com isso, estaríamos respeitando a diversidade e privilegiando o aprofundamento de conteúdos relacionados com os interesses regionais, fugindo assim da superficialidade. Ou seja, mais qualidade do que quantidade. Nosso alunos precisam, antes de mais nada, exercitarem a leitura, a escrita, o cálculo, o corpo e o pensamento reflexivo, por isso, linguagem, matemática, educação física e filosofia. Na filosofia entra a ética e a política e na educação física as questões da alimentação e da saúde. Posso estar enganado, mas repetem o erro de criar uma regulamentação formal, sem levar em conta sua aplicação na prática, semelhantemente ao que ocorreu com a lei do desarmamento. O resultado neste caso é que as pessoas de bem não tem armas, enquanto que os bandidos estão liberados. No caso da educação, os alunos saberão tudo, mas não saberão nada, pela priorização da quantidade. Tomara que nossos professores, diretores de escolas, vereadores e prefeitos estejam se mobilizando para não permitirem que façam isso com a educação brasileira. Se for como se desenha, pela abrangência das áreas, não será currículo mínimo, mas currículo máximo.
Marcos Kayser
30 coisas boas da vida
Passamos pela vida muito rapidamente (por sinal já disse que acho isso uma sacanagem). Vivemos momentos de dificuldades, mas também momentos memoráveis. Muitas vezes não nos damos conta destes momentos, principalmente aqueles caracterizados de mais simplicidade. Fiz uma listinha com 30 coisas boas da vida, algumas bem simplórias, outras até meio engraçadas, mas todas dão uma sensação de alegria muito gostosa:
- Ouvir de um filho: “eu te amo”!
- Jogar futebol com os “amigos da bola”
- Vibrar com um gol do Internacional
- Ler um clássico da filosofia
- Passar horas numa livraria
- Dançar com quem te faz bem
- Escrever algo em que o pensamento toma forma
- Filosofar com os amigos
- Caminhar pela praia de Garopaba
- Almoçar ou jantar em família
- Confraternizar com um amigo
- Ver as pessoas se deliciarem com o bacalhau feito por você
- Comer o pudim de laranja da vó
- Assistir a um filme bem acompanhado
- Ouvir de um desconhecido: “gosto do que tu fala”
- Jogar botão, “Mario Kart” e outras brincadeiras com um filho
- Conquistar a mulher que te inspira
- Andar de bicicleta no fim da tarde
- Caminhar pelas ruas da cidade
- Ajudar quem realmente precisa
- Criar um produto que o mercado assimila
- Poder trabalhar todos os dias
- Sentir a ansiedade de quem está apaixonado
- Rir de si mesmo em situações engraçadas
- Tomar um banho quente naquele dia de muito frio
- Curtir o som do Coldplay
- Ir dormir com o barulho da chuva
- Ouvir do médico: “tua saúde está muito bem”
- Andar de mão dada com a mulher amada
- Ver o sol chegar e partir
Teriam outras, mas hoje escolho estas pra compartilhar, até porque algumas não podem ser ditas (kkkk). Marcos Kayser